
Nas tardes calmas, a gente passava defronte ao alpendre protegido por uma grade de ferro com corrimão de madeira e via o seu Gimin com a mulher sentados em cadeiras de madeira tendo aos pinturas ao fundo, era um momento mágico e bonito. Quem teria pintado aquilo, de maneira tão pura e romântica, com as cores iguais às da natureza? No grupo escolar, com lápis de cor, imaginação e pouca arte, a gente tentava imitar as pinturas, sem nunca conseguir reproduzir aquela calma e paz da água azul cercada de verde. Será que ainda estão na mesma parede quando seu Gimim dizia, depois de tomar algumas cervejas Niger: “Uma é boa, duas perturba e três derruba”?
Juvenil de Souza sempre foi um pintor frustrado. Nunca conseguiu desenhar sequer uma casinha com fumaça saindo da chaminé.
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