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O bar dos descasados

Na cidade tinha o bar dos descasados, onde eles se reuniam toda tardepara beber cerveja, ler jornal atrasado e ficar olhando as moças que passavam pela rua - umas belas, outras nem tanto, mas a observação era um exercício de caça à raposa, olhos atentos, mão em
pala sobre a testa para enxergar melhor.
Não percebem que aquelas mulheres que passam na calçada do outro lado são as mesmas mulheres que eles olharam e amaram um dia longínquo no tempo. E que também passavam rápidas como a tarde que cai com as cigarras zinindo e um sol oblíquo ao longe.
A tarde passa depressa e rápida no bar dos descasados e nenhum deles se dá conta de que a juventude foi embora.
As mulheres passaram e o bar ficou, como um porto no mar revolto, de onde eles atiram mensagens em garrafas ao mar. E nunca vem resposta.
Juvenil de Souza é abstêmio.

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